Em uma nova entrevista ao The Tom Woods Show, Jon Schaffer, guitarrista e fundador do Iced Earth, falou abertamente sobre as transformações em sua vida após seu envolvimento na invasão do Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021 — um episódio que mudou completamente seu destino pessoal e profissional.
Schaffer, que foi condenado a três anos de liberdade condicional e 120 horas de serviço comunitário por seu papel no incidente, afirmou que o processo doloroso o levou a redescobrir sua fé cristã e reconstruir sua visão de mundo.
“Foi um processo de crescimento doloroso.
Realmente tem sido um presente, no quadro geral, ver quem é leal e em quem posso confiar.
Isso me trouxe para Cristo.” — Jon Schaffer
O músico explicou que, embora tenha crescido em uma escola cristã, sua relação com a fé foi conturbada na juventude. A experiência de isolamento, julgamento público e perda de carreira o fez reencontrar o sentido espiritual que havia deixado de lado:
“Eu cresci cristão, mas me rebelei muito por causa das coisas que experimentei na escola.
Eu nunca fui ‘anti’ Cristo, mas tinha um problema com a religião organizada.
Sempre achei Jesus um sujeito muito durão — e agora tenho um relacionamento pessoal com Ele.
Esse foi o maior presente de todos.” — Jon Schaffer
Do Metal à Redenção
Após o episódio do Capitólio, Schaffer viu sua carreira ruir: colegas de banda do Iced Earth — incluindo o vocalista Stu Block e o baixista Luke Appleton — se desligaram do grupo, e o vocalista Hansi Kürsch encerrou o projeto Demons & Wizards. Além disso, a gravadora Century Media removeu ambos os nomes de seu catálogo.
Apesar das perdas, Schaffer afirma que o período trouxe clareza e propósito. Hoje, ele trabalha com o escritório de advocacia Attorneys For Freedom, envolvido em causas pró-liberdade e defesa pessoal, e diz se sentir “exatamente onde deveria estar”.
“O negócio da música é péssimo.
Eu sempre odiei isso, mas suportei por causa da paixão de escrever.
Agora, se a inspiração voltar, ótimo — mas eu não vou me prostituir por dinheiro.
Só farei música novamente se for por paixão, não por pressão.” — Jon Schaffer
Schaffer também revelou que atua no programa Attorneys On Retainer, que presta suporte jurídico a casos de autodefesa, e destacou que está focado em usar sua voz e experiência para apoiar causas que acredita.
“Tudo o que está acontecendo agora é bom.
Eu me sinto exatamente onde deveria estar — pela primeira vez na vida.
E isso não é um acidente.
Parece uma tarefa impossível, mas temos que tentar.” — Jon Schaffer
Aos 57 anos, o guitarrista que escreveu clássicos como “Burning Times” e “Watching Over Me” vive uma nova fase — longe dos palcos, mas próximo da fé. De acordo com suas próprias palavras, o homem que um dia liderou um dos nomes mais respeitados do metal americano agora vê no silêncio e na espiritualidade o maior riff de sua vida.
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