Formada em Brasília, a ArgueroM nasceu como um projeto embrionário que amadureceu ao longo dos anos até ganhar forma definitiva em 2020, quando riffs, melodias e letras começaram a se consolidar em composições próprias. A formação inicial contava com Marcella Meguria (vocal), Lucas Rafael (guitarra), Felipe Alves (guitarra) e Jefferson Belarmino (baixo). Pouco depois, em 2021, a entrada de Daniel Neves (bateria) deu corpo à sonoridade que culminaria no debut Elusive, lançado em fevereiro de 2024 em todas as plataformas digitais.
Em 2025, a banda passou por uma mudança significativa: Felipe deixou o grupo para se dedicar à vida pessoal e Rafael Giraldi assumiu as guitarras, trazendo novos ares criativos à formação.
A identidade sonora
Questionados sobre como definem sua proposta musical, os integrantes foram categóricos:
“Nós tendemos ao heavy doom progressivo. Mas vejo hoje no que criamos, uma síntese de tudo o que aprendemos com os mestres do heavy metal e da música de forma geral. Por isso, é possível notar nuances de thrash, power, symphonic, death, black, dentre outros estilos.” – ArgueroM
Essa fusão de influências traduz uma banda que se recusa a se prender a rótulos, dialogando com diversas vertentes do metal.

Entre referências e existencialismo
As influências da ArgueroM revelam a pluralidade de seus integrantes. Em comum, todos carregam a marca do Angra, mas cada músico traz referências distintas que vão de Tristania, After Forever, Epica, Draconian, Dimmu Borgir e Swallow The Sun até nomes como Symphony X e Agalloch.
Contudo, a inspiração vai além da música:
“Fora da música, olhamos para questões da nossa sociedade, como injustiças, extremismos, filosofia e principalmente existencialismo.” – ArgueroM
Essa dimensão lírica e conceitual conecta a banda a uma tradição do metal que não se contenta apenas em soar pesado, mas também em provocar reflexões.
O desafio do debut Elusive
O processo de gravação do disco de estreia não foi isento de dificuldades:
“Muitas referências trouxeram mais problemas do que soluções, pois eram difíceis de encaixar com a sonoridade que imaginávamos na prática, mas os produtores (Victor Xexéu e Rafael Giraldi, que hoje está na banda) fizeram o melhor que puderam para agradar nossos pedidos. Os problemas para gravações foram mais em relação à agenda do que à execução em si, pois chegamos no estúdio com as músicas já prontas, poucos detalhes foram acrescidos, como, por exemplo, algumas subdivisões vocais nos corais.” – ArgueroM
Apesar dos percalços, o resultado consolidou a banda como um dos nomes a se acompanhar no metal brasileiro contemporâneo.

Novos rumos: segundo álbum, shows e tributo ao thrash
Atualmente, a ArgueroM se encontra em fase de composição para o segundo álbum. Enquanto isso, a agenda já reserva compromissos importantes: um show confirmado para 07/09 no Hallen Rock, além de outra apresentação prevista para dezembro.
Outro destaque é a participação em uma coletânea de versões de clássicos do thrash metal, organizada pelo selo Impact Records, com lançamento ainda em 2025. Será também a primeira oportunidade do público conferir a influência criativa de Rafael Giraldi, novo guitarrista:
“Ainda não tivemos a oportunidade de testar o lado criativo dele, mas ansiamos por dar liberdade para que ele possa trazer criações e ideias para as novas músicas. O projeto da Impact Records já está sendo trabalhado juntamente com Rafael que está nos ajudando com a produção dessa faixa.” – ArgueroM

O futuro da banda
Com uma estreia sólida e novas perspectivas criativas, a ArgueroM mostra que não se limita a ser apenas mais uma banda de metal brasiliense. O grupo busca unir peso, melodia e reflexão existencial em suas obras, projetando um futuro com um segundo álbum mais ousado, shows marcantes e colaborações que prometem ampliar sua presença no underground nacional.
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