20 de maio de 2025, Mister Rock, Belo Horizonte. Noite fresca, casa cheia, coração apertado. Mas quem esteve presente sabe: a alma saiu leve. Tarja Turunen e Marko Hietala transformaram o Mister Rock em um templo do metal sinfônico — com direito a nostalgia, peso, emoção e, claro, Ovelha Negra em finlandês disfarçado.
A noite começou com Marko Hietala em clima intimista, num set acústico poderoso. Apenas voz, violão e uma presença que enchia o palco inteiro. Acompanhado por um guitarrista de apoio afiadíssimo, Marko mostrou sua faceta mais crua e sincera — sem distorção, mas com alma de sobra. Foi um aquecimento emocional que já arrancou suspiros e palmas em pé.
Na sequência, Tarja assumiu o palco como uma tempestade lírica. Sem concessões, ela guiou o público por uma jornada intensa entre o épico e o pessoal, costurando clássicos de sua carreira solo com momentos de pura teatralidade. Faixas como In for a Kill, Sing for Me e Victim of Ritual mostraram que a voz continua afiada como lâmina de cristal.

O público mineiro, como sempre, não decepcionou. Gritos apaixonados de “Tarja, eu te amo!” ecoaram em coro, como se viessem de um coral de fãs encantados. E em um dos momentos mais tocantes da noite, uma rosa foi entregue a ela em pleno palco — um gesto simples, mas carregado de afeto que a deixou visivelmente emocionada.
O momento mais inesperado? Ovelha Negra, de Rita Lee. Tarja interpretou com doçura rebelde, arrancando lágrimas até de banger de colete de patch. Ali, ela não era mais a diva europeia: era uma artista conectada com o Brasil, com a dor recente da perda, e com a alma do público.
E então veio o encontro. Tarja e Marko, juntos no palco, para reviver canções do Nightwish e apresentar colaborações recentes. Higher Than Hope, Slaying the Dreamer, Wishmaster — cada música uma ferida aberta e uma cicatriz curada. Era impossível não sentir o peso da história entre os dois e, ao mesmo tempo, a leveza de um reencontro sincero.

No encerramento, Wish I Had an Angel e Until My Last Breath selaram a noite com uma explosão emocional — um último abraço coletivo antes da despedida.
Em resumo?
Belo Horizonte não apenas assistiu a um show. Participou de um ritual de reconciliação, entre artistas, memórias e fãs. Tarja e Marko provaram que a mágica do Nightwish pode se reinventar — sem precisar de rótulos, apenas de coragem, talento e entrega sincera em cima do palco.

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🖤 “Porque o metal nunca morre. Ele apenas muda de forma.”






