Após 34 anos de silêncio em estúdio, os pioneiros californianos do thrash metal Dark Angel voltaram com força total em Extinction Level Event, lançado no último dia 5 de setembro pela Reversed Records. O álbum, que já vem sendo chamado de um marco para a banda, resgata a essência crua do metal tocado ao vivo e carrega a sombra eterna de Jim Durkin, guitarrista original que faleceu em 2023.
Em entrevista ao podcast Brutally Delicious, o baterista e líder Gene Hoglan comentou a recepção e os planos para o disco.
“Até agora as pessoas parecem estar gostando. É tudo o que sempre quisemos. O álbum está disponível no site da Reversed e, por enquanto, apenas lá. Queremos que os fãs ouçam na forma mais pura possível, sem compressões e cortes do streaming. Produzimos de forma antiga, com instrumentos reais, sem IA, sem edição artificial. É suor e sangue em cada riff.” — Gene Hoglan
Questionado sobre quando o disco chegaria às plataformas digitais, Hoglan foi direto:
“Em algum momento, possivelmente. Mas agora, os serviços de streaming estão mudando seus termos, e isso só piora para os artistas. Vamos esperar um pouco. Para os verdadeiros fãs do Dark Angel, o caminho é ir até a Reversed. E é isso o que importa: que as pessoas ouçam, sintam a vida nessa produção.” — Gene Hoglan
Gravado no Armoury Studios, em Vancouver, e mixado por Mike Fraser, Extinction Level Event foi construído de forma visceral, com performances ao vivo, sem quantizações ou truques digitais. Hoglan relembra que cada detalhe foi feito para manter a intensidade intacta:
“Não queríamos soar estéril ou processado. Queríamos vida. E conseguimos. A produção está matadora, as músicas, a arte, tudo. Estou muito animado com esse álbum.” — Gene Hoglan
O disco carrega também o peso da memória de Jim Durkin. A faixa-título foi escrita por ele há mais de uma década, e Hoglan fez questão de manter sua essência presente em cada composição:
“Minha abordagem de guitarra no Dark Angel é a abordagem de Jim. Quando escrevo penso: ‘O que Jim faria aqui?’ Sua presença está em cada música. É o tributo que ele merece.” — Gene Hoglan
Entre os destaques, estão a descarga de três minutos de “Atavistic”, a sombria “Woke Up To Blood” e a crítica cortante de “Terror Construct”, que ataca a manipulação midiática e corporativa baseada no medo.
O lançamento marca um novo capítulo para o Dark Angel, que sempre se recusou a repetir fórmulas. Assim como cada álbum passado representou uma evolução brutal, Extinction Level Event mostra onde a banda estaria se tivesse seguido ativa nesses 30 anos.
E a mensagem de Hoglan é clara: esse é o Dark Angel de hoje, fiel ao passado, mas renascido para a destruição do presente.
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