
Em entrevista ao podcast Scars And Guitars, com Andrew McKaysmith, o guitarrista do Iron Maiden, Adrian Smith, compartilhou reflexões profundas sobre os impactos das mídias sociais e da inteligência artificial no mundo e na música. Sem papas na língua, ele alertou para o crescimento da dependência digital, o bombardeio constante de informação negativa, e o esvaziamento do processo artístico com o avanço da tecnologia.
“Você só precisa dirigir pela rua e parar o carro, porque tem gente atravessando sem olhar, colada no celular. É vício. Eu mesmo sou sugado por isso. Toma conta da vida. Você é bombardeado com tudo o que gosta — o feed só te entrega mais daquilo — então você fica ali, com o pescoço curvado, recebendo notícias ruins 24 horas por dia. Não é natural estar tão preocupado com tudo o tempo todo.”
Smith criticou o excesso de exposição e a falsa sensação de responsabilidade universal que as redes geram:
“As pessoas estão indo além de suas esferas pessoais, tentando mudar coisas que estão fora do seu alcance só porque tomaram consciência delas. E com isso, abandonam o básico: colocar um pé na frente do outro, ganhar a vida, pagar os impostos, viver. Isso não está fazendo ninguém mais feliz.”
🎸 Quando o assunto virou para a inteligência artificial na música, Adrian foi ainda mais direto:
“De jeito nenhum. Eu não sei… nem quero pensar nisso. Alguém me contou que fez músicas com IA para presentear amigos — com as vozes deles. Cara, isso é de tirar o fôlego. É o começo do fim. As redes sociais já são ruins, mas isso é outro nível.”
Ele apontou também como o uso de softwares como Pro Tools já mudou a indústria:
“Hoje qualquer um pode montar algo que soe respeitável com computadores. Mas quando comecei, era tudo analógico. Você tinha que tocar mesmo — não dava pra corrigir depois. Isso te tornava um artesão. A gente usa gravação digital por praticidade, claro, economiza tempo e dinheiro. Mas IA? Não dá. [risos] Eu não sei, cara.”
🎧 Além de sua carreira com o Iron Maiden, Smith também está ativo com o projeto SMITH/KOTZEN, ao lado de Richie Kotzen. O duo lançou em abril o álbum Black Light/White Noise, com 10 faixas, gravado em Los Angeles, produzido pela dupla e mixado por Jay Ruston.
📀 Smith, que mantém uma postura reservada fora dos palcos, usou o espaço da entrevista para refletir sobre a pressão moderna de estar conectado o tempo todo, e como isso vem afetando a saúde mental das pessoas — inclusive dos músicos.
📸 Crédito da foto: John McMurtrie
Metal Nunca Morre.
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