Para Zakk Wylde, seguir carreira solo nunca significou romper com Ozzy Osbourne — pelo contrário. Apesar de traçar seu próprio caminho criativo com projetos como o Pride & Glory, o clássico solo Book of Shadows (1996) e a fundação do Black Label Society, Wylde afirma que sempre teve apoio da família Osbourne. Para ele, independência criativa e lealdade verdadeira podem — e devem — andar juntas.
Zakk entrou na banda de Ozzy com apenas 19 anos e logo foi lançado no epicentro do rock de alto risco. Com o passar dos anos, novos projetos começaram a surgir, e a reação de Ozzy foi menos rígida do que muitos imaginam:
“Acho que, quando comecei a fazer o Black Label, Oz foi como: ‘Bem, Zakk agora é ele mesmo.’ Tipo: ‘Zakk saiu do ninho agora.’ Ele falou: ‘Eu não quero ser o vocalista do Black Label Society.’”
A fala veio durante uma participação de Wylde no podcast The Magnificent Others, apresentado por Billy Corgan (SMASHING PUMPKINS), onde o guitarrista falou sobre a transição entre os mundos criativos.
Mesmo com idas e vindas na banda de Ozzy ao longo das décadas, Zakk garante que isso nunca abalou a relação entre eles:
“E eu não me ofendo com isso, porque se o Randy tivesse continuado no Quiet Riot, o Ozzy teria dito: ‘Eu não quero ser o vocalista do Quiet Riot.’”
Corgan comentou que, em determinado momento, Ozzy brincou dizendo que seus álbuns solo estavam começando a soar como o Black Label Society. Para Wylde, isso não é surpresa, especialmente considerando sua formação:
“Na sopa do Black Label você sempre vai sentir um pouco de [Black] Sabbath, porque sou um graduado da Lord Tony Iommi University… Esse sabor vai estar lá, de alguma forma.”
Segundo ele, essa sobreposição é natural, dado o DNA musical que ele carrega — um sangue forjado no riff, no peso e na alma do metal clássico. Mas quando se trata de identidade sonora, tudo pode mudar com uma única voz:
“Se Ozzy cantasse em Stillborn — ele canta o refrão — mas se ele cantasse a música toda, ela viraria uma música nova do Ozzy. Se ele cantasse The Gallows, também seria uma música nova do Ozzy.”
O respeito mútuo entre Wylde e Osbourne se mantém até hoje, provando que é possível seguir novos caminhos sem abandonar suas raízes — e, mais ainda, sem perder o vínculo com quem te deu asas.
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