🇺🇸 Após uma ausência prolongada dos palcos britânicos, o Nine Inch Nails voltou à O2 Arena de Londres com um espetáculo prometido como transcendental — e por quase toda a noite, ele foi. Liderado pelo sempre visceral Trent Reznor, o grupo entregou uma performance que misturou brutalidade industrial com elegância artística, eletrizando o público com um set poderoso, visualmente arrebatador e sonoramente impecável.
“Desde a primeira nota, o som era nítido, preciso, visceralmente forte.”
A estrutura do show alternava entre momentos intensos no palco principal e trechos mais íntimos em um segundo pódio central, elevando a conexão com os fãs. Luzes afiadas e projeções frenéticas criavam uma atmosfera que era ao mesmo tempo opressora e hipnótica, um verdadeiro mergulho no universo distorcido da banda.
O setlist foi uma viagem meticulosamente construída pelo catálogo da banda: desde a abertura acústica com “Right Where It Belongs” misturada com “Somewhat Damaged”, até os clássicos explosivos como “Closer”, “March Of The Pigs”, “Wish” e “Head Like A Hole”, a arena inteira estava em transe.
“A energia era palpável, e a catarse coletiva vinha em ondas.”
Mas quando o clímax se aproximava, um colapso inesperado interrompeu a catarse.
O palco escureceu. Silêncio absoluto. O que parecia um interlúdio teatral revelou-se um problema técnico real. Trent Reznor retorna visivelmente frustrado ao palco:
“Isso não faz parte do show. Estamos enfrentando falhas técnicas sérias.”
A banda tenta recuperar o fôlego com uma versão tocada no PA de “Afraid Of Americans”, de David Bowie, mas o sistema falha novamente. Reznor não esconde sua irritação e critica diretamente a equipe técnica. Instrumentos são largados com raiva, e o clima de transcendência se dissolve em desorientação.
Mesmo assim, o grupo retorna para concluir a apresentação. Porém, a versão final de “Hurt”, que deveria ser o ápice emocional da noite, soa apressada e ofuscada pelas falhas.
Apesar de tudo, o Nine Inch Nails provou sua grandeza. Em meio ao caos, ainda conseguiram reafirmar por que são uma das forças mais relevantes da música ao vivo contemporânea. O feitiço foi quebrado — mas o legado permanece intacto.
#nineinchnails #trentreznor #industrialmetal #rockalternativo #metalneverdie #ninlive2025 #showreview