Geoff Tate fala sobre legado no QUEENSRŸCHE e confirma “Operation: Mindcrime III”
O eterno vocalista e cofundador do QUEENSRŸCHE, Geoff Tate, voltou a falar abertamente sobre o impacto de seu trabalho com a banda e revelou detalhes sobre o aguardado terceiro capítulo da saga Operation: Mindcrime. Em entrevista recente ao WDR Rockpalast, o frontman não poupou palavras ao descrever a gênese do clássico de 1988 e sua visão atual do projeto.
“Operation: Mindcrime nasceu em meados dos anos 80. Foi uma época turbulenta, não apenas na América, mas em todo o mundo. […] Era uma luta para tentar sobreviver em um mundo moderno, com tantas guerras acontecendo. A história veio disso: da tensão entre o poder e os sem poder. Uma história clássica, realmente.”
Tate revelou que a inspiração para o álbum surgiu em uma visita inesperada a uma igreja durante um inverno sombrio em Montreal:
“Eu estava morando lá, congelando de frio, e ouvi um coral ensaiando. Entrei, me sentei, fechei os olhos e – boom – tive a ideia para o álbum. Corri para casa, nem fui à mercearia, e passei quatro dias escrevendo. Toda a história nasceu ali.”
O disco, considerado um dos álbuns conceituais mais importantes da história do metal, gira em torno de Nikki, um viciado manipulado por uma organização radical liderada pelo enigmático Dr. X, e sua relação com a freira Irmã Mary. O álbum foi certificado platina e permanece relevante décadas depois.
Sobre a separação em 2012 do QUEENSRŸCHE original, Tate é sereno:
“30 anos é muito tempo para estar em uma banda. […] Acho que foi uma separação inevitável. Fizemos álbuns incríveis, viajamos o mundo e não tenho arrependimentos. Foi uma experiência maravilhosa.”
Agora, com um novo capítulo em construção, “Operation: Mindcrime III” promete revelar a origem de tudo — pela perspectiva do Dr. X:
“Mindcrime I e II foram do ponto de vista do Nikki. No novo álbum, veremos por que sabemos o que sabemos. É a motivação do Dr. X. É intenso, emocionante.”
Tate afirma que o material novo será tecnicamente desafiador e emocionalmente profundo:
“Algumas músicas são como álgebra. Você precisa de uma calculadora para entender. Outras são muito emocionais. Eu sou apaixonado por isso.”
Quando questionado sobre o conteúdo político do novo álbum, ele respondeu:
“Ah, acho que sim. As pessoas vão detectar pequenos pedaços do que está acontecendo ao seu redor. É uma época muito interessante agora.”
E sobre quem dará voz ao Dr. X? Geoff respondeu com mistério:
“Eu não posso dizer a você, na verdade. Mas obrigado por perguntar. [Risos]”
O legado do QUEENSRŸCHE com Tate é incontestável, ainda que marcado por controvérsias. Em meio à batalha legal de 2012, o guitarrista Michael Wilton declarou que Mindcrime II foi conduzido por Geoff e sua então empresária e esposa, Susan Tate, sem envolvimento dos demais membros da banda — gerando atritos e exclusões no processo criativo.
O acordo judicial que se seguiu permitiu que Tate continuasse performando Mindcrime e sua sequência ao vivo, enquanto a banda seguiu adiante com o nome QUEENSRŸCHE sob a liderança de Todd La Torre, que lançou quatro álbuns até hoje com a nova formação.
Mas o passado ainda pulsa forte — e Mindcrime III pode ser o elo final que faltava nessa trilogia seminal. A cena aguarda.
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