Uma semana após a morte de Ozzy Osbourne, o eterno Príncipe das Trevas, seu guitarrista de longa data e amigo íntimo, Zakk Wylde, falou abertamente sobre o impacto da perda em uma entrevista concedida à Guitar World. Wylde não apenas reviveu os bastidores do último show com Ozzy em Back to the Beginning, como revelou a última mensagem que recebeu do vocalista — uma despedida silenciosa, marcada por respeito mútuo e amor fraterno.
No centro da entrevista está a memória do show final, ocorrido em Birmingham, cidade natal de Ozzy. A performance foi carregada de simbolismo, dor e improviso. Para Wylde, cada detalhe ainda pulsa como uma ferida aberta.
“Sim. Elas estão gravadas na minha cabeça. Com ‘Mama, I’m Coming Home’, quando pegamos o violão, tive que dizer: ‘Mantenha a guitarra longe do microfone para que eu possa cantar’, porque a voz de Oz estava com problemas em certas notas.”
Mesmo diante de limitações vocais evidentes, Ozzy insistiu em seguir em frente. Wylde, fiel como sempre, não hesitou em ajustar tudo para ampará-lo.
“Eu estava tipo, ‘Preciso ter certeza de que estarei sempre lá para acompanhá-lo.’ Eu estava a um metro de distância do microfone quando comecei a tocar a música. Eu estava tipo, ‘Preciso chegar perto do microfone’, então tive que quase parar de tocar, levantar a guitarra e colocá-la sobre o microfone.”
“Era como fazer malabarismos com bolas ou motosserras enquanto estava em um skate! Na verdade, foi engraçado – mas era como sempre. Era para ser o show mais importante de todos, mas tudo é improvisado!”
A última troca de palavras entre os dois, porém, não aconteceu nos palcos. Em uma mensagem simples e tocante, Ozzy deixou seu adeus.
“Todo mundo e sua mãe estavam no camarim do backstage e eu só queria dar um tempo para ele. Pensei que o veríamos mais tarde – no dia seguinte ou algo assim. Mas não. A última mensagem que recebi de Oz foi dizendo: ‘Zakky, desculpe, foi uma loucura lá atrás. Não te vi.’ Ele disse: ‘Obrigado por tudo.’ Era só nós conversando, dizendo: ‘Eu te amo, cara.’ Foi isso.”
No dia 22 de julho de 2025, a família Osbourne publicou uma nota oficial que marcou o fim de uma era:
“É com mais tristeza do que meras palavras podem expressar que temos que relatar que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com sua família e cercado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade de nossa família neste momento.”
Zakk Wylde esteve ao lado de Ozzy desde o final dos anos 1980, sendo mais do que um guitarrista — foi um escudeiro, um irmão de batalha e o guardião dos hinos que moldaram gerações.
A morte de Ozzy marca não apenas o encerramento de uma carreira, mas o fim de um arquétipo: a figura que definiu o frontman do heavy metal com irreverência, dor, coragem e caos. Sua voz agora silencia nos palcos, mas ressoa eternamente nos riffs que nos ensinaram a resistir ao mundo — e a abraçar as sombras.
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