Alan Niven, o homem por trás da ascensão meteórica do Guns N’ Roses entre 1986 e 1991, voltou aos holofotes não apenas pelo lançamento de seu novo livro, Sound N’ Fury: Rock N’ Roll Stories, mas também por suas declarações ácidas sobre o vocalista Axl Rose e a atual encarnação da banda. Em entrevista recente ao portal Ultimate-Guitar.com, Niven comentou sua reação ao ver o GN’R se apresentando no show de despedida do Black Sabbath — e não economizou críticas.
“Eu só vi um pouco daquilo e saí rapidamente. Raramente assisto ao Guns N’ Roses contemporâneo. Geralmente é sob coação se eu assisto, porque é complicado para mim emocionalmente, obviamente, mesmo depois de todos esses anos.”
Segundo Niven, o desgaste emocional é inevitável ao assistir ao grupo que ajudou a tirar do submundo de Los Angeles para colocá-lo no topo do mundo. Mas o incômodo vai além da nostalgia.
“Estou um pouco confuso, porque ter um sujeito de 60 anos correndo pelo palco, reclamando que ‘eles estão querendo me pegar’, e então ele volta para sua limusine e vai para sua mansão em Malibu… Não tenho certeza do que devo entender dessa performance ou dessa circunstância.”
A fala deixa claro o desconforto de Niven ao ver Axl Rose ainda encenando os traumas e paranoias dos anos 80 em pleno 2025, num contexto em que, segundo ele, essas ameaças já não existem mais:
“É como, ‘Axl, ninguém nunca quis te pegar depois que você começou a ser produtivo’. Eles queriam pegá-lo quando eu entrei em sua órbita. Mas a partir daí, ele foi protegido.”
As declarações ecoam ressentimentos mal resolvidos de uma relação marcada por conflitos internos, fama explosiva e demissões abruptas. Alan Niven foi demitido pela banda em 1991, pouco antes do lançamento de Use Your Illusion, e desde então as relações entre ele e Axl parecem irreparáveis.
O comentário surgiu durante a divulgação de Sound N’ Fury, publicado em 8 de julho pela ECW Press. Com 240 páginas, o livro promete fugir da fórmula tradicional dos relatos do rock:
“Sound N’ Fury não tem um arco de história. É uma coleção de anedotas, como um disco composto por várias faixas – cada uma com seu ponto e propósito.”
Niven traz relatos não apenas de sua era no Guns, mas também de encontros com Rolling Stones, Aerosmith, Clarence Clemons, Whitesnake e Elton John, em narrativas que oscilam entre a glória e a decadência do rock.
“Lembre-se de que o rock ‘n’ roll é a ocupação de Deus para os desempregáveis.”
Mesmo décadas depois, o ex-empresário mostra que o espírito crítico permanece intacto. E para quem viveu de dentro o caos do Guns N’ Roses original, assistir à banda atual não é apenas um revival — é, nas palavras dele, complicado emocionalmente.
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