O mundo do rock progressivo perdeu um baterista e percussionista verdadeiramente interessante depois que Jamie Muir, ex-membro do King Crimson, faleceu. Ele tinha 82 anos.
Muir foi membro da icônica banda de prog rock de 1972 a 1973, período durante o qual participou do álbum da banda, Larks’ Tongues in Aspic. Após deixar o grupo, ele se mudou para o Mosteiro Samye Ling, na Escócia, para se tornar um monge budista.
No entanto, em 1980, ele voltou a tocar música em Londres, acumulando créditos em álbuns com artistas como Derek Bailey, Evan Parker e Paul Rogers, Company e Laurie Scott Baker.
A morte de Muir ocorre poucos meses após o falecimento do co-fundador da banda, Peter Sinfield. Bill Bruford, baterista de longa data do King Crimson, que tocou com o falecido percussionista na época, confirmou a morte de Muir em um comunicado.
“Jamie foi o baterista/percussionista com quem trabalhei no álbum do King Crimson Larks’ Tongues in Aspic (1973). Ele teve um efeito vulcânico em mim, profissional e pessoalmente, no breve tempo em que estivemos juntos há muitos anos atrás – um efeito que ainda me lembro meio século depois. Lamento que tenhamos perdido contato, mas sua saída de nossa relação de trabalho foi tão súbita e inesperada, que meio que assumi que ele não queria mais nada comigo e com meus colegas no King Crimson!
“Ele era um homem adorável e artístico, com uma gentileza quase infantil. Provavelmente havia um lado sombrio por baixo. Isso poderia ser vislumbrado quando ele escalava as pilhas de PA vestindo uma jaqueta de pele de lobo, com sangue (de uma cápsula) escorrendo de sua boca, em uma chuvosa noite de quinta-feira em Preston, Lancs., para arremessar correntes pelo palco em direção à sua bateria. Uma dessas, Robert Fripp dirá, por pouco não o atingiu.
“Suas conversas com Jon Anderson na festa do meu casamento em 1973, nas palavras de Jon, ‘mudaram minha vida’. Jamie também mudou a minha.
“Considero um privilégio ter conhecido e me beneficiado da companhia de um homem de poder tão silencioso, mesmo que brevemente. Ele me pareceu um daqueles sobre os quais se pode dizer com verdade que era um ser humano lindo. Ele fará muita falta. Adeus, Jamie.”
Nós, do MetalNeverDie, queremos oferecer nossas condolências aos amigos e entes queridos de Muir durante este momento difícil.
