O acampamento do Cradle of Filth viveu dias turbulentos na última semana. A tecladista e vocalista Zoe Federoff anunciou sua saída no meio da turnê sul-americana, enquanto seu marido, o guitarrista Marek “Ashok” Smerda, foi desligado logo depois. Diante da repercussão, Dani Filth decidiu compartilhar uma longa declaração nas redes sociais, apresentando seu lado da história.
O líder do Cradle abriu a mensagem afirmando: “Acho que é hora de revelar meu lado da história, agora que tantas acusações foram feitas à banda, à nossa administração e a mim pessoalmente.” Ele explicou o atraso da nota pelo fato da banda estar em turnê pela América do Sul, enfrentando longas viagens e agenda intensa.
Segundo Dani, a raiz do conflito foi a má comunicação em torno de um contrato, que acabou sendo usado como estopim. “Não é um contrato que se esperava que fosse assinado como estava, mas sim um ponto de partida para negociações”, declarou. Ele reforçou ainda que nenhum membro da banda é proibido de tocar em outros projetos e que muitos dos integrantes conciliam o Cradle com trabalhos paralelos.
O vocalista também acusou Zoe de tentar manipular os fatos: “Fico triste em ver que Zoe está selecionando fatos para se ajustar a uma agenda… está tentando difamar e mentir o máximo possível para angariar antipatia por mim e por nossa administração.”
Sobre a administração da banda, Dani saiu em defesa de Dez Fafara e Anahstasia, da The Oracle Management: “Foram nada menos que maravilhosos, atenciosos e compreensivos, abrindo mão de comissões para fazer as turnês funcionarem.”
O músico relatou ainda episódios de discussões e comportamento problemático nos primeiros dias da turnê: “A bebida pesada, as discussões crescentes e as repetidas disputas públicas criaram uma atmosfera muito perturbadora para todos os envolvidos. Presenciei trocas acaloradas entre Zoe e Ashok, com abuso verbal e físico, inclusive em frente a fãs em São Paulo.”
Dani também rebateu acusações de gordofobia envolvendo sua equipe: “Nunca isso foi feito. O que foi dito é que uma integrante deveria cuidar de sua saúde antes de turnês e vídeos, nada além disso. Qualquer gerente expressaria esses sentimentos.”
No fim da nota, o vocalista refletiu sobre sua própria trajetória: “Como muitos colegas na indústria da música, fui praticamente alcoólatra em um ou dois estágios da carreira. Por isso consigo observar padrões de comportamento errático e é também por isso que estou abstêmio há quase três anos.”
Dani encerrou agradecendo o apoio dos fãs e colegas de cena: “Obrigado a todas as muitas bandas, fãs e músicos que ofereceram seu apoio nesta questão. Vocês são muito apreciados! Para frente e para cima, vejo vocês na estrada!”
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