A temporada de outono chegou incendiando o underground europeu, e no último sábado (12), o O2 Institute Birmingham foi palco de uma verdadeira celebração do Metal moderno com Bury Tomorrow, Nevertel, Lionheart e Siamese — uma noite que mostrou por que o metalcore britânico segue mais vivo do que nunca.
Liderando o massacre sonoro, o Bury Tomorrow provou novamente que está em sua melhor fase. A banda, que renasceu artisticamente com o álbum “Will You Haunt Me, With That Same Patience”, trouxe uma performance visceral e emocional — um grito de catarse e recomeço.
As luzes vermelhas tomaram o ambiente quando a introdução robótica anunciou o início do ritual. O público mergulhou no caos assim que os riffs abriram o show, e mesmo após uma breve pausa técnica, Dani Winter-Bates manteve a energia lá no alto, conduzindo a plateia com intensidade e empatia.
“Este é um espaço seguro — para todas as raças, gêneros e pessoas. Aqui, todos são bem-vindos”, afirmou o vocalista, que também atua em projetos de diversidade no NHS, reforçando que o discurso de inclusão do Bury Tomorrow vai muito além do palco.
Com uma conexão sincera com o público, Dani fez o O2 Institute pulsar, e quando “Black Flame” chegou, o vocalista exigiu “duzentos surfistas de multidão” ao fundo. O caos foi imediato. A banda entregou uma apresentação impecável — pesada, honesta e com alma.
O setlist mesclou novas faixas com clássicos da era “Earthbound” e “Cannibal”, e o público respondeu com rodas insanas, gritos e emoção à flor da pele. O quinteto britânico mostrou por que é, hoje, uma das forças mais consistentes e influentes do metalcore mundial.
“Sabemos que há shows enormes rolando agora, mas vocês escolheram estar aqui conosco. Isso significa o mundo pra gente”, disse Winter-Bates antes do encerramento.
Ao final da noite, ficou claro: o Bury Tomorrow não apenas sobreviveu à era do metalcore — eles a redefiniram.
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