Brsk Gene acaba de lançar o single “Fala Comigo (feat. Kouth)”, uma faixa que redefine os limites do trap metal e mergulha de cabeça no caos criativo. O som é uma colisão entre mundos: a agressividade e os vocais emocionalmente instáveis do nu metalcore, os synths explosivos do hardstyle e a psicodelia do psytrance, tudo condensado em uma atmosfera sufocante e catártica.
O resultado é familiar e estranho ao mesmo tempo — como se reconhecêssemos a melodia de um pesadelo recorrente. É música feita para quem não tem medo de sentir desconforto, um manifesto da nova geração de artistas do underground que está repensando os gêneros urbanos sem pedir permissão.
A presença de Kouth no feat foi uma escolha natural — e estratégica. Para Brsk Gene, ela é uma das vozes e produtoras mais importantes do underground trap nacional, um cenário historicamente dominado por figuras masculinas. O que chamou atenção do artista foi descobrir que Kouth tem o nu metal entre suas principais influências, o que criou uma ponte perfeita entre o trap e o metal. “Ela tem uma pegada pesada que poucos no gênero conseguem. Quando ouvi o trabalho dela em MASK ON!, soube que precisava dessa energia — alguém que entende como equilibrar força e vulnerabilidade sem soar forçado”, comenta Brsk.
Nascido em Massaranduba (SC), Brsk Gene (lê-se Berserk Gene) é o grito de quem transformou dor em arte e intensidade em manifesto. Seu projeto solo carrega influências de Korn, Spiritbox, Bad Omens e da estética eletrônica dos anos 2000, filtradas por uma lente genuinamente brasileira e emocionalmente crua.
Misturando metalcore, trap metal e electronic hardstyle, Brsk Gene cria um som visceral — uma experiência que é tanto uma confissão quanto uma catarse.
Após mais de uma década de silêncio criativo, o artista renasce com apoio do selo Jus/i, explorando temas como ansiedade, TDAH, relacionamentos complexos e a constante batalha por existir de forma autêntica em um mundo que tenta silenciar quem sente demais.
Com “Fala Comigo (feat. Kouth)”, Brsk Gene reafirma que a dor pode ser combustível e que o caos, quando abraçado, pode se tornar arte.
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Amanda Delphino
@mandy.delphino
