O lendário guitarrista do Iron Maiden, Adrian Smith, fez declarações fortes e realistas sobre os desafios da indústria musical moderna em uma nova entrevista, especialmente para os jovens que desejam seguir carreira profissional na música. Sua fala ecoa uma verdade cada vez mais gritante no cenário atual: a música pode ser paixão, mas dificilmente é lucro.
“Você pode tocar o quanto quiser. Mas viver disso… é outra história.”
Adrian foi direto ao ser questionado sobre os conselhos que daria para novos músicos:
“Você pode se divertir, ter uma banda. Mas se você quer fazer isso com sua vida, isso é outra coisa. Você tem que se dedicar muito.”
Ele alerta sobre o preço do sonho, principalmente nos anos cruciais da juventude:
“Você pode passar o que algumas pessoas diriam que são os melhores anos da sua vida, do final da adolescência até os 20 e poucos anos, tentando conseguir e não conseguir.”
E ainda que se consiga algum destaque:
“Se você classifica ‘conseguir’ como ganhar dinheiro, muito poucas pessoas conseguem, a menos que você vá estar em uma banda do Top 40.”
Mesmo bandas grandes estão sofrendo
Smith não poupou palavras sobre o estado atual da indústria:
“Mesmo bandas que têm discos de sucesso agora estão lutando para ganhar dinheiro, porque ninguém compra mais discos. E o dinheiro é pouco.”
Segundo ele, o antigo modelo de negócio — onde gravadoras adiantavam valores para desenvolvimento artístico — já não existe mais da mesma forma:
“Você quase tem que ter um patrocinador também, porque custa dinheiro para colocar uma banda no mercado.”
A realidade é dura, mas quem ama, persiste
Apesar do tom sóbrio, o guitarrista do Maiden não desanima completamente. Para ele, a paixão continua sendo o combustível:
“Se você vai fazer isso, então nada vai te impedir, eu acho.”
🎧 Reflexão MND: Em um mundo onde o streaming domina, os royalties minguam e turnês se tornaram o verdadeiro sustento das bandas, até gigantes como o Iron Maiden reconhecem que o jogo mudou — e não é mais para amadores. Smith deixa claro: quem quiser seguir esse caminho, precisa mais do que talento — precisa de paciência, estrutura e fé inabalável.
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