Em uma comovente entrevista ao Los Angeles Times, o guitarrista Zakk Wylde refletiu sobre a morte de Ozzy Osbourne, ocorrida em 22 de julho de 2025, apenas duas semanas após o histórico show de despedida “Back to the Beginning” em Birmingham, cidade natal do lendário vocalista do Black Sabbath.
Wylde, parceiro musical e amigo pessoal de Ozzy por quase quatro décadas, revelou que jamais imaginou que aquele seria o último show do Madman:
“Não, eu não acho que ele sabia. Sempre senti que, com o Ozzy, qualquer revés era só mais um obstáculo. Era como se dissesse: ‘Tudo bem, conserta o pneu furado e seguimos em frente’. Ele ainda queria gravar discos, continuar ativo. Achei que, se desse certo, faríamos outros shows, talvez algo como o Ozzfest, sem uma turnê pesada. Mas ele queria continuar.” — Zakk Wylde
Quando perguntado se Ozzy parecia indestrutível, Wylde respondeu sem hesitar:
“Sim, totalmente. Era como os Stones — você acha que eles sempre estarão lá. Eu nunca pensei que aquele seria o último show. Eu só queria garantir que ele estava bem. Não havia desistência nele. Ele sempre lutava, fazia terapia, ia à academia, fazia tudo o que precisava. Nunca houve um momento em que ele tivesse desistido.” — Zakk Wylde
Zakk contou ainda que sempre via Ozzy como “um irmão mais velho”, alguém de quem recebia conselhos e apoio ao longo dos anos.
“Havia quase 20 anos de diferença entre nós, mas o relacionamento era como de irmãos. Ele era divertido, mas também era alguém em quem eu confiava totalmente quando precisava de um conselho.” — Zakk Wylde
O guitarrista revelou também qual foi a última mensagem que recebeu de Ozzy, enviada logo após o show “Back To The Beginning”:
“Ele me mandou uma mensagem dizendo: ‘Zakky, desculpe, foi uma loucura lá atrás. Eu não consegui te ver. Obrigado por tudo.’ Nós dissemos um ao outro: ‘Eu te amo, cara’. Foi só isso. Essa foi a última vez que falamos.” — Zakk Wylde
Wylde recordou o momento em que soube da morte do vocalista, enquanto estava em turnê com o Pantera:
“Barb [minha esposa] me ligou e me contou. Sempre que surgia alguma notícia sobre a saúde dele, eu nunca pensava no pior. Ozzy era durão. Ele sempre superava tudo. Achávamos que era só mais um obstáculo e que logo ele estaria de volta.” — Zakk Wylde
O músico descreveu Ozzy como alguém que “se forçou a aguentar o suficiente para fazer aquele último show”, chamando o momento de “surreal e poderoso”.
Ozzy Osbourne faleceu de ataque cardíaco em sua casa na Inglaterra, após anos lutando contra o Mal de Parkinson e doença arterial coronariana. O funeral privado aconteceu em 31 de julho, nos jardins de sua propriedade em Buckinghamshire, com a presença de cerca de 110 familiares e amigos, incluindo Tony Iommi, Geezer Butler, Robert Trujillo (Metallica), Rob Zombie, Marilyn Manson, e Corey Taylor (Slipknot).
“Ele foi um guerreiro até o fim. Sempre otimista, sempre grato, sempre com um sorriso no rosto. Ele viveu a vida exatamente do jeito que queria.” — Zakk Wylde
O dia anterior ao funeral foi marcado por uma homenagem pública em Birmingham, que reuniu milhares de fãs nas ruas em despedida ao “Príncipe das Trevas”.
Ozzy pode ter partido, mas sua voz, influência e espírito inquebrável continuam ecoando em cada nota, cada palco e em todos os que tiveram o privilégio de viver sob o impacto de sua música e humanidade.
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