Marty Friedman recentemente refletiu sobre sua inconfundível química com a guitarra ao lado de Dave Mustaine durante seu tempo no Megadeth, elogiando o conjunto de habilidades único do líder da banda e mencionando uma técnica que ele “nunca conseguiu dominar bem.” Friedman foi o guitarrista solo do Megadeth de 1990 a 2000, participando de álbuns emblemáticos como Rust in Peace e Countdown to Extinction. O virtuoso detalhou a interação musical dele e de Mustaine em um episódio recente do programa Masters of Shred, que você pode assistir abaixo.
“Na época, eu não tinha tanta consciência disso, mas Dave realmente tem um estilo de ritmo único que é realmente dele, e é muito importante para o som [do Megadeth]”, disse Friedman. “E eu acredito que tenho um estilo de solo muito único, e o fato de que eles, por sorte, funcionaram juntos, como um relógio… você sabe como num relógio, as coisas se entrelaçam. Aconteceu de funcionar. Poderia facilmente ter sido um desastre.”
Friedman passou um tempo extra elogiando o trabalho de ritmo de Mustaine, dizendo que era muito diferente de sua própria abordagem.
“Eu acho que o jeito de tocar ritmo dele, quando entrei na banda, eu pensava, ‘Isso é realmente, realmente único.’ Foi muito difícil para mim chegar ao ponto onde me sentia confiante com isso”, explicou. “Eu nunca fiquei bom nisso. Fiquei aceitável, o suficiente para tocar na banda por 10 anos. Mas nunca realmente fiquei bom.”
Leva anos de prática rigorosa para alcançar o nível de virtuosidade na guitarra de Friedman (ou mesmo de Mustaine). Mas como Friedman explica seus estilos de tocar tão drasticamente diferentes?
“É uma daquelas coisas — é uma pessoa,” ele disse. “Eu não posso ser aquela pessoa. E ninguém pode ser eu no que diz respeito a solos.”
Ele continuou:
“Há caras que pensam, ‘Ok, vou fazer uma curva de meio tom e então vou soar como Marty.’ Não, não é tão simples. Ou você pode dizer, ‘Eu posso abafar a corda assim com minha mão, e vou soar como Mustaine.’ Não, não é tão simples. São muitas escolhas muito pessoais, escolhas de estilo de vida, que se traduzem em tocar guitarra. E eu não sei explicar isso muito bem, mas você está ouvindo a vida de alguém. Você não está ouvindo técnicas aprendidas de um livro.”
Todos esses elementos culminam em um estilo de tocar único e instantaneamente identificável, explicou Friedman.
“Eu acho que o jeito de tocar do Dave é muito — no segundo em que você ouve, você sabe que é ele,” ele disse. “E o mesmo vale para o meu tocar, e acho que tivemos sorte de que a mídia especializada em guitarra e as pessoas lá fora perceberam isso naquela época.”
Talvez não seja surpresa que Mustaine também tenha sido rápido em celebrar suas próprias habilidades na guitarra, colocando-se no “Big 4” dos guitarristas de ritmo em uma entrevista de 2017 para a Rock Cellar Magazine.
“Quanto aos guitarristas de ritmo, tem James [Hetfield do Metallica], tem eu, tem Malcolm Young [do AC/DC] e tem Rudolf Schenker [do Scorpions]”, disse Mustaine. “Não há ninguém que se compare a nós quatro. Somos os quatro fantásticos.”
Mustaine também chamou a guitarra de ritmo de “um dos principais ingredientes” do Megadeth, acrescentando que “os solos se tornam muito mais importantes porque não é apenas tocar guitarra indulgentemente o tempo todo.”
