Com o NIGHTWISH dando um passo atrás nas turnês, o EPICA surge como principal força do metal sinfônico na cena internacional. A banda holandesa, liderada por Simone Simons, está pronta para lançar seu décimo álbum, “Aspiral”, e preparar uma nova ofensiva para conquistar os Estados Unidos com três shows exclusivos em Nova York, Atlanta e Los Angeles.
Em entrevista ao Blabbermouth.net, Simone revelou detalhes sobre o novo disco, a dinâmica criativa da banda e como a vida pessoal — especialmente a maternidade — está influenciando suas decisões e o rumo do grupo.
“Aspiral”: Renovação e Raízes
“Com o novo álbum, um dos tópicos para nós foi ‘renovação’. Podemos encontrar coisas diferentes para fazer com a música, mas sem perder o toque e o som do EPICA”, contou Simone, destacando que o disco mescla o antigo e o novo, com mais uso de sintetizadores e elementos progressivos sem abandonar os coros e a orquestração característica da banda.
O álbum também retoma a história da saga lírica “A New Age Dawns”, abordando temas de mudança de consciência e transformação espiritual, com letras marcadas pela maternidade de Mark Jansen, o que trouxe um tom mais pessoal e emocional às novas faixas.
Criação coletiva e espírito democrático
O EPICA desenvolveu “Aspiral” por meio de três campos de composição, onde a banda se reuniu em casas isoladas para compor de forma colaborativa.
“Todos nós nos amamos e nos respeitamos, e as coisas vão muito bem. Somos seis indivíduos completamente diferentes, cada um com suas forças e fraquezas. Cada um tem seu papel na banda”, afirma Simone.
Em caso de impasse criativo? É o produtor Joost van den Broek quem desempata as decisões.
Foco nos EUA, mas com equilíbrio
Apesar do enorme sucesso na Europa e América Latina, os Estados Unidos continuam sendo o desafio final para o EPICA.
“Acredito que o metal sinfônico pode ganhar popularidade nos EUA, mas é preciso fazer turnês com frequência. Nunca tivemos a chance de fazer isso como deveríamos”, comentou Simone.
Com três shows marcados em maio como “vitrines” estratégicas, a banda busca medir o apelo nos EUA, mas com cautela. Com quatro dos seis membros agora pais, o planejamento das turnês precisa ser equilibrado com a vida familiar.
“Precisamos fazer turnês economicamente e nos concentrar em turnês lucrativas, tanto em termos de tempo quanto de recursos.”
Momentos de crescimento — e de palco com o METALLICA
O EPICA também colecionou momentos grandiosos, como quando abriu para o METALLICA em três datas na Europa em 2023.
“Nunca teria sonhado em tocar com eles. Um sonho nem sempre permanece um sonho. Ele pode se tornar realidade.”
Sobre se apresentar em estádios lotados com palcos circulares, Simone brinca:
“Decidi não usar sapatos estranhos. Optei por sapatos confortáveis — então, sem cair no palco para mim.”
O futuro é aspiracional
Com um novo álbum à vista, um show grandioso nos Estados Unidos, e uma base global cada vez mais sólida, o EPICA mostra que é possível se renovar, crescer e manter a identidade — mesmo após duas décadas de estrada.
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Metal Never Dies – Porque o som da alma não se cala.
