O Ghost, liderado por Tobias Forge, está enfrentando duras críticas após a implementação de sua política de proibição de celulares durante a turnê Skeletour 2025. O objetivo declarado da banda era melhorar a experiência ao vivo, mas o que aconteceu no show da última noite em Birmingham, Reino Unido, está alimentando o debate sobre os efeitos colaterais dessa decisão.
Relatos de fãs nas redes sociais indicam que as filas ultrapassaram 1h30 de espera, com pessoas dizendo que nunca viram nada igual na cidade. Parte do problema parece ser a exigência de guardar os celulares em bolsas Yondr, um processo que, segundo o público, tem barrado o fluxo de entrada nos locais.
“Estou na fila para o Ghost há 1,5 horas e ainda não entrei. Portas às 6h30 e banda às 8h? Ideia de quem foi essa?”, escreveu uma fã frustrada no X (antigo Twitter).
Mesmo sem declaração oficial da banda ou do Utilita Arena, muitos apontam a logística do bloqueio de celulares como principal culpada pelo caos. Os dispositivos são entregues ao público lacrados nas bolsas Yondr, que só podem ser abertas fora da arena, criando filas duplas: para entrar e para lacrar os aparelhos.
Tobias Forge já havia explicado que a medida não visa direitos autorais ou monetização, mas sim uma imersão maior durante os shows, com base nas gravações do filme Rite Here Rite Now, feito com plateias sem celulares.
“Alguns dos melhores shows em que já estive, talvez eu nem tenha visto uma foto daquilo porque eles vivem aqui [na minha cabeça]. […] Eu acredito que você sentirá isso”, comentou Forge.
Apesar das boas intenções, o público está dividido. Enquanto alguns apoiam a ideia de viver o momento sem telas, outros questionam a execução e o impacto negativo na experiência geral do evento.
Vídeos publicados por fãs mostram filas gigantescas se estendendo por quarteirões, chegando até a Biblioteca de Birmingham. A frustração só cresceu quando parte do público perdeu parte do show por ainda estar do lado de fora do local.
Foto: Kirsty Bosley @Bozzers
Com mais datas por vir na turnê europeia, resta saber se o Ghost e os organizadores dos eventos irão revisar a logística da política anti-celular ou manterão o modelo atual — mesmo sob o risco de alienar parte de sua base de fãs.
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