James Hetfield revela quais são as duas músicas mais difíceis do Metallica para ele tocar e cantar ao mesmo tempo

Com uma carreira de mais de quatro décadas, o Metallica é uma banda que nunca se acomodou. Em entrevista à MusicRadar, James Hetfield comentou sobre os desafios técnicos que enfrentou durante a gravação do álbum “Death Magnetic” (2008), especialmente por ser vocalista e guitarrista base da banda — função que exige concentração total, principalmente em músicas mais complexas e sincopadas.

“Pegue ‘My Apocalypse’, por exemplo. A guitarra está fazendo exatamente o oposto do que os vocais fazem. E em ‘That Was Just Your Life’ tem um trecho em que canto ‘I close my eyes and find it all fit into place’ enquanto toco uma contra-ritmia. Isso realmente me dá trabalho.”

O desafio de tocar riffs pesados enquanto se canta algo completamente diferente pode parecer simples pra quem assiste do lado de fora — mas Hetfield garante: é um exercício de coordenação e técnica absurda.

Apesar das dificuldades, o Metallica já apresentou ambas ao vivo várias vezes:

  • “My Apocalypse” foi tocada 37 vezes, a última em 2011.
  • “That Was Just Your Life” foi tocada 170 vezes, a última em 2010.

Em entrevista à Guitar World, ainda em 2008, Hetfield afirmou que o Death Magnetic representava um retorno às raízes técnicas da banda:

“É um olhar para trás — pegando a essência do nosso estilo antigo e tocando com as habilidades que temos hoje.”

Apesar disso, a faixa de abertura “That Was Just Your Life” é frequentemente citada como uma das aberturas menos impactantes dos discos do Metallica. Tem riffs clássicos, solos de Kirk Hammett, bateria caótica de Lars, vocais explosivos… mas algo nela ainda soa menos memorável que outras Track 1 da discografia.

Produzido por Rick Rubin, o álbum trouxe essa proposta de reencontro com o espírito “selvagem” dos primeiros discos:

“É impossível recuperar completamente a inocência. Quando gravamos os primeiros álbuns, não tínhamos medo. Rick Rubin é ótimo em capturar a essência do artista, e foi por isso que escolhemos ele.” — disse Hetfield.

Mesmo com o Metallica seguindo em frente e explorando novas sonoridades em discos como Hardwired… to Self-Destruct e 72 Seasons, Death Magnetic segue como um marco na carreira da banda — técnico, intenso e com alma.

Na MND, valorizamos o suor por trás de cada riff e o caos que é segurar um microfone e uma guitarra ao mesmo tempo. Porque quem toca com o coração, sente cada nota como se fosse a última.
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