O vocalista do Disturbed, David Draiman, saiu em defesa de Yungblud após a enxurrada de críticas ao seu papel na homenagem a Ozzy Osbourne no MTV Video Music Awards 2025. Nas redes, ele rebateu a ideia de que o britânico seria “posador” e destacou a dificuldade de agradar a todos em um tributo tão escrutinado.
“Com todo o respeito, @yungblud não está se posicionando como nada. Ele é um jovem artista talentoso que foi incumbido de fazer um trabalho impossível: agradar a todos enquanto homenageava seu ídolo @OzzyOsbourne. Ele foi ótimo. Deixem-no em paz.” — David Draiman, no X
A performance reuniu Steven Tyler e Joe Perry (Aerosmith), Nuno Bettencourt (Extreme) e Adam Wakeman (Ozzy). Draiman também participou do espetáculo comemorativo Back To The Beginning, dedicado a Ozzy e ao Black Sabbath.
As críticas dos irmãos Hawkins, do The Darkness
O comentário mais barulhento veio do guitarrista Dan Hawkins, que publicou um vídeo detonando a apresentação.
“Mais um prego no caixão do rock ’n’ roll. Cínico, nauseante e — o mais importante — uma merda. Me dá nojo ver gente se aproveitando disso para promover carreira.” — Dan Hawkins
Depois, seu irmão Justin Hawkins contextualizou no YouTube, criticando o “gestual” e o estilo de palco de Yungblud.
“Parece rock visto por um filtro de Instagram. É a postura de sempre — Jim Morrison encontra Scott Weiland — mas sem autenticidade.” — Justin Hawkins
O lado de Yungblud e sua ligação com Ozzy
Apesar da polêmica, Yungblud mantém laços próximos com a família Osbourne — já contracenou com Ozzy e Sharon no clipe de “The Funeral” e é amigo de Kelly Osbourne. No especial Back To The Beginning, ele interpretou a balada “Changes”, tida por muitos como um dos pontos altos.
“Eu sabia que seria um público difícil porque eram todos metaleiros e muitos achavam que eu não tinha direito de estar lá. O Brian May me mandou mensagem depois: ‘O silêncio daquelas pessoas foi ensurdecedor’. Acho que começou a clicar para muitos descrentes.” — Yungblud
Yungblud explicou que pediu a balada para Tom Morello e que encarou a noite como um agradecimento a seu herói.
“Assim que subi no palco, esqueci o resto. Eu estava dizendo ‘obrigado’ ao meu herói. Não estava nervoso — estava exatamente onde eu precisava estar.” — Yungblud
A relação, segundo ele, vai além da admiração musical.
“Quando parecia que as pessoas não me entendiam, eu chorava no telefone com ele. Ozzy sempre me disse: ‘Eles não vão te entender. Não desvie. Continue lutando’.” — Yungblud
No fim, a defesa pública de David Draiman reforça o que o próprio tributo mostrou: entre a reverência e a reinvenção, homenagens a figuras gigantes como Ozzy Osbourne sempre vão dividir opiniões — e, inevitavelmente, acender o debate sobre autenticidade no rock.