
Poucos bateristas impactaram tanto a música pesada quanto Dave Lombardo. Conhecido por seu trabalho visceral e inovador com o Slayer, Lombardo passou décadas expandindo os limites da percussão — abraçando estilos diversos, rompendo padrões e apostando na liberdade artística acima de tudo.
Em conversa recente com a revista Fistful of Metal, Lombardo refletiu sobre o desejo de sair da repetição que sentia no final dos anos 80, mesmo estando no auge com o Slayer:
“Em 1989, depois de meses e meses em turnê com o Slayer, me senti frustrado. Era tudo tão repetitivo… Eu ansiava por algo diferente, algo que realmente me desafiasse.”
🎸 Essa inquietação o levou, no início dos anos 90, a colaborar com bandas como Testament e Fantômas, ao lado de Mike Patton, iniciando uma jornada que viria a definir seu espírito camaleônico:
“Com Fantômas, as dinâmicas mudavam o tempo todo. Eu precisava me adaptar rapidamente, o que foi uma grande lição. Sou eternamente grato ao Mike — trabalhar com ele foi transformador, e ainda é.”
Foi nessa fase que Lombardo também conheceu John Zorn, compositor experimental que o apresentou ao universo jazz-metal — uma das experiências mais impactantes de sua carreira.
🔊 Sobre sua longeva parceria com Mike Patton, Lombardo é direto:
“Ele sempre me incentivou a seguir meus instintos, a não ter medo de colocar minha arte no mundo. Isso mudou minha confiança.”
💥 Mas o baterista também reconhece o lado sombrio da exposição moderna:
“As redes sociais são um monstro. Podem ser boas, mas também destroem artistas. Ainda assim, aquela minha atitude punk aparece e eu simplesmente não dou a mínima.”
🎙️ Em sua fase mais recente, Lombardo mergulha em um projeto profundamente pessoal ao lado de sua esposa, Paula Lombardo: a banda Venamoris. Seu novo álbum, To Cross Or To Burn, marca uma ruptura total com o sistema tradicional de produção musical.
“Esse álbum nasceu e foi criado em casa. Tudo é nosso — os sons, os ritmos, as texturas. Sem produtor no pescoço, sem prazos. Foi libertador.”
As letras, escritas por Paula, trouxeram um peso emocional extra:
“São letras muito pessoais, o que também é assustador pra ela. Mas esse medo também fez parte do processo. Foi uma experiência intensa e autêntica para nós dois.”
🎵 Do thrash destruidor do Slayer, passando por aventuras com Mr. Bungle, Fantômas, Suicidal Tendencies, Dead Cross e tantos outros, até chegar no lado mais íntimo com o Venamoris, Lombardo segue como uma entidade artística em constante mutação — sempre buscando o novo, o verdadeiro, o imprevisível.
MND, reverenciamos quem escolhe o caminho mais difícil — o da autenticidade. Porque a arte de verdade não se acomoda. Ela rompe. Ela sangra. Ela liberta.
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