Chris Adler, lendário ex-baterista do Lamb of God, finalmente abriu o jogo sobre sua saída da banda em 2019 — e suas declarações não poupam verdades. Em entrevista ao podcast Loaded Radio, Adler atribuiu sua demissão a um combo explosivo: problemas de saúde debilitantes e ciúmes dentro da banda.
Segundo Adler, o estopim foi seu diagnóstico de distonia focal do músico, uma condição neurológica que compromete o controle muscular — e no caso dele, atingiu justamente o pé direito, responsável pelo bumbo duplo agressivo que definiu o som brutal do Lamb of God.
“Distonia é basicamente uma condição neurológica onde o nervo que controla o movimento se deteriora a ponto de esse movimento se tornar impossível. Aconteceu comigo no pé direito. Eu estava saindo do palco arrasado. A banda estava frustrada, e eu também.”
Mesmo fornecendo documentos médicos e sugerindo ajustes no setlist para continuar tocando com dignidade, a resposta foi fria: um e-mail com a frase “seus serviços não são mais necessários”. Para Adler, um golpe devastador.
“Era meu bebê. Era meu projeto. Eu coloquei minha vida nisso. Era minha identidade.”
Outro fator decisivo? O envolvimento de Adler com o Megadeth. Ele gravou o álbum Dystopia (vencedor do Grammy de Melhor Performance de Metal) e excursionou com a banda de Dave Mustaine, o que, segundo ele, causou tensão e ciúmes dentro do Lamb of God.
“Nós nunca fomos o grupo mais funcional. Quem não estava na sala era provocado. A combinação da distonia com o Megadeth… eles não quiseram mais lidar com isso.”
Após sua saída, Adler passou por anos de fisioterapia intensa. Hoje, ele comanda a banda Firstborne, ao lado do baixista James LoMenzo (Megadeth, White Lion), e diz que está em paz com sua trajetória.
“Eu levei para o lado pessoal, sim. Me abalou. Mas superei os ressentimentos. Hoje, não tenho nada além de amor por eles.”
Para muitos fãs do Lamb of God, Chris Adler foi a alma da bateria da banda durante seus anos mais pesados e criativos. Sua técnica, força e assinatura sonora continuam sendo referência no metal moderno — e agora, com a verdade revelada, os bastidores dessa ruptura ganham uma nova camada sombria.
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