Lenda do rock relembra parceria com seu eterno guitarrista e fala sobre os primeiros dias da carreira solo, o poder da MTV e a liberdade criativa que moldou os anos 80.
Antes de um show acústico no Grammy Museum, em Los Angeles, Billy Idol e seu parceiro musical de longa data Steve Stevens participaram de uma conversa conduzida por Jimmy Jam (produtor de Janet Jackson e Mariah Carey). O papo trouxe lembranças preciosas sobre o início da parceria entre os dois — uma das mais duradouras e criativas do rock moderno.
⚡ O encontro que mudou tudo
Após o fim do Generation X, Idol partiu para Nova York em busca de um novo começo. Lá, seu empresário americano, Bill Aucoin (conhecido por gerenciar o KISS), o apresentou a um jovem guitarrista que chamava atenção na cena local: Steve Stevens.
“Quando conheci Steve, percebi que ele era um cara legal, muito talentoso. Tocamos juntos, e tudo fluiu. Quando vi o que ele podia fazer, soube que qualquer coisa que eu quisesse fazer, eu poderia fazer”, relembrou Billy.
Stevens, por sua vez, revelou que o entrosamento foi imediato:
“Crescemos em lugares diferentes, mas com a mesma trilha sonora — Sweet, Slade, Marc Bolan, Lou Reed… Quando ele mencionou ‘Coney Island Baby’ e eu comecei a tocar o solo, ele disse: ‘Você conhece isso?’. Foi ali que tudo começou.”
🎸 Um som sem fronteiras: punk, pop e rebeldia
Com Keith Forsey na produção, o trio (Billy, Steve e Keith) começou a moldar o som que definiria os anos 80: uma fusão de punk, rock, dance e sintetizadores, sem medo de experimentar.
“Ser solo significava que eu podia expandir”, contou Billy.
“Eu queria combinar o mundo dos sintetizadores com o da guitarra, da disco, do punk… Eu podia ir pra qualquer lugar.”
O resultado foi o álbum Billy Idol (1982), com hits como White Wedding e Hot In The City, além do impacto crescente de Dancing With Myself, que incendiava pistas de dança underground em Nova York.
⚡ Stevens: “A guitarra é um veículo pra contar a história”
Steve Stevens explicou como sempre priorizou as letras e a emoção nas composições com Billy:
“A primeira coisa que faço é ler a letra. A guitarra precisa servir à história. Eyes Without a Face é um bom exemplo — musicalmente é quase um doo-wop dos anos 50, mas eu toquei guiado pela emoção. Não se trata de esperar pelo solo, mas de ajudar a música a viajar do começo ao fim.”
A parceria renderia não só clássicos como Rebel Yell, mas também uma química criativa rara, onde técnica e sentimento andavam lado a lado.
📺 MTV: o divisor de águas
Idol lembrou como o visual punk inicialmente causou resistência nas rádios — até a MTV virar o jogo:
“Algumas rádios não queriam tocar minhas músicas por causa da minha imagem. Mas a MTV mostrou ao público que a música vendia. Ela quebrou todas as barreiras. Foi incrível assistir o poder da televisão mudar tudo.”
🛣️ De volta à estrada e novo álbum
Em turnê com Joan Jett, Billy Idol afirmou estar vivendo uma das fases mais energéticas da carreira:
“Cada show parece uma Aston Martin voando. É como uma brisa natural. Não há peso morto na banda. Todo mundo entrega tudo.”
Seu nono álbum de estúdio, Dream Into It, lançado pela BMG em abril, é um trabalho conceitual em duas partes sobre sua vida. O disco traz Josh Freese (Nine Inch Nails, Foo Fighters) na bateria, Chris Chaney (Jane’s Addiction, AC/DC) no baixo e participações de Avril Lavigne, Joan Jett e Alison Mosshart (The Kills, The Dead Weather).
⚡ Fechamento MND
Billy Idol e Steve Stevens continuam mostrando por que a química entre músico e guitarrista ainda é uma das forças mais poderosas do rock.
Mais de 40 anos depois, a dupla segue provando que a rebeldia pode envelhecer — mas nunca se aposenta.
Metal Never Die — porque o rock verdadeiro não tem prazo de validade.
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