O mundo do rock se despediu oficialmente de um de seus maiores ícones. Ace Frehley, guitarrista original do KISS e figura lendária do hard rock, foi sepultado no Bronx, Nova York, no dia 22 de outubro de 2025, em uma cerimônia privada que reuniu amigos, familiares e os antigos companheiros de banda Paul Stanley, Gene Simmons e Peter Criss.
O memorial ocorreu um dia antes, em 21 de outubro, no Sinatra Memorial Home, em Yonkers, Nova York. De acordo com o radialista e amigo de longa data Eddie Trunk, que esteve presente, o serviço foi restrito a convidados, reunindo cerca de 75 pessoas, entre músicos, colaboradores e familiares que fizeram parte da vida do guitarrista.
“Foi um par de dias emocionais lembrando e celebrando Ace”, escreveu Trunk em uma publicação. “Ele foi enterrado onde cresceu, no Bronx, muito perto de seus pais — exatamente como ele desejava.”
Frehley, nascido Paul Daniel Frehley, faleceu no dia 16 de outubro de 2025, em Morristown, Nova Jersey, aos 74 anos, cercado pela família. Segundo relatórios, o músico sofreu uma segunda queda em casa, resultando em um sangramento cerebral que o levou a ser colocado em suporte de vida. Após dias de incerteza, a família tomou a difícil decisão de desligar os aparelhos.
Em comunicado oficial, os familiares expressaram a dor pela perda:
“Estamos completamente devastados e com o coração partido. Tivemos a sorte de cercá-lo com palavras, pensamentos e orações amorosas quando ele deixou esta terra. A magnitude de sua morte é de proporções épicas. Sua memória viverá para sempre.”
Embora nenhuma autópsia tenha sido realizada, exames toxicológicos e análise externa do corpo estão em andamento, segundo o escritório do médico legista do condado de Morris.
Um legado intergaláctico
Ace Frehley fundou o KISS em 1973 ao lado de Gene Simmons, Paul Stanley e Peter Criss, assumindo o papel do icônico “Spaceman”. Sua guitarra explosiva e estilo visual inconfundível ajudaram a transformar a banda em um fenômeno mundial do rock.
Frehley participou dos nove primeiros álbuns do KISS, incluindo clássicos como Destroyer (1976), Love Gun (1977) e Dynasty (1979). Ele retornou para o álbum Psycho Circus (1998), mas se afastou novamente em 2002 após a primeira “turnê de despedida”. Em 2014, foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame junto à formação original do grupo.
Apesar de seus conflitos públicos com Simmons e Stanley, a presença dos três no memorial simbolizou um momento de reconciliação silenciosa e respeito mútuo.
“Sam foi a alma rítmica do KISS, e Ace foi seu coração elétrico. Sem ele, nada teria soado igual”, comentou um dos músicos presentes, em anonimato.
Os últimos anos e a batalha pela sobriedade
Nos últimos meses, Ace havia cancelado o restante de sua turnê de 2025 por problemas de saúde, após sofrer uma queda em seu estúdio. Na época, seu agente afirmou que o guitarrista precisava de descanso e fisioterapia.
Sua última obra, 10,000 Volts (2024), foi elogiada por fãs e críticos, reafirmando sua habilidade como compositor solo. Ele também trabalhava no projeto Origins Vol. 3, uma continuação de suas coleções de covers lançadas em 2016 e 2020.
Frehley enfrentou uma longa luta contra o alcoolismo, da qual saiu vitorioso em 2006. Ele frequentemente creditava sua filha Monique por inspirá-lo a buscar ajuda.
“Ela me disse: ‘Pai, não estou ouvindo coisas boas sobre você.’ Olhei no espelho e percebi que ela estava certa. Desde aquele dia, nunca mais bebi”, relembrou Ace em uma entrevista recente.
Uma despedida à altura de uma estrela
Ace Frehley deixa a esposa Jeanette Trerotola, a filha Monique, o irmão Charles, a irmã Nancy Salvner, além de sobrinhos e familiares.
Sua guitarra, seu som e sua persona cósmica deixaram uma marca permanente no rock mundial. O “Spaceman” volta agora para as estrelas — onde sempre pertenceu.
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