O Scorpions não toca na chuva — ele comanda a tempestade

Choveu. E daí?

O palco virou campo de batalha, e o Scorpions, mesmo com parte do público indo embora após o Judas Priest, mostrou que ainda tem munição de sobra pra incendiar o Allianz Parque. Foi o rock clássico provando que não se curva ao tempo — e muito menos a uma garoa fora de hora.

Enquanto alguns corriam pra casa, quem ficou viu um show com entrega de sobra. Klaus Meine surgiu como sombra ao som de “Coming Home”, e dali em diante, ninguém mais piscou. Mikkey Dee, ex-Motörhead, parecia uma fera solta — cada baquetada uma rajada, cada virada de bateria um ataque à calmaria. Schenker e Jabs, os guitarristas, atravessaram a chuva como se estivessem em chamas. “Make It Real” virou hino molhado. “The Zoo” rugiu com raiva. Não dava pra ignorar a energia.

A garoa até tentou atrapalhar a plateia, mas só serviu pra temperar a entrega. O Allianz virou um mar de luzes em “Wind of Change” e um coro emocionado em “Still Loving You”. E se o clímax parecia ter vindo cedo, “Big City Nights” tratou de soltar o freio e empurrar tudo pra frente com força. A sequência final com “Blackout” e “Rock You Like a Hurricane” foi um soco de pura nostalgia e vitalidade.

Foi mais do que um show. Foi uma prova de resistência, entrega e conexão. Quem ficou sabe: o Scorpions fez história de novo. Não importa quantas décadas se passem — eles ainda sabem como fechar uma noite em grande estilo.

E se você foi embora antes? Azar. Porque rock de verdade não é só música. É ritual. É estar junto, mesmo quando cai água do céu. Quem ficou, saiu encharcado — de orgulho.

Setlist
Coming Home
Gas in the Tank
Make It Real
The Zoo
Coast to Coast
Top of the Bill / Steamrock Fever / Speedy’s Coming / Catch Your Train
Bad Boys Running Wild
Send Me an Angel
Wind of Change
Loving You Sunday Morning
I’m Leaving You
Tease Me Please Me
Big City Nights
Still Loving You

Bis:
Blackout
Rock You Like a Hurricane


Tags: #Scorpions #MonstersOfRock2025 #RockNoAllianz #ClássicosDoRock #MetalNeverDie
Metal Never Die – porque o rock verdadeiro não teme nem a tempestade.