Sam Millar transforma Wolverhampton em festa AOR: solos de luxo, refrões gigantes e groove no talo
No último sábado, 12 de abril de 2025, Sam Millar provou no The Giffard Arms, em Wolverhampton, que o rock melódico oitentista não só está vivo como também dançando com a camisa florida desabotoada e um copo na mão. Ex-guitarrista do Bigfoot, Millar mostrou o porquê de seu nome continuar circulando como um dos queridinhos do AOR moderno com um set que misturou classe, carisma e arranjos de fazer qualquer fã da era dourada da MTV sorrir de orelha a orelha.
More Cheese Please? Sim, por favor. E com mais groove.
Com seu disco solo “More Cheese Please” como estrela da noite, Sam foi acompanhado por uma banda entrosadíssima — James Thorley nos teclados, Benji Faith no baixo (e deveria ter microfone também!), e Morgan Deveney na bateria. O show começou com a contagiante “The Killing Floor”, já deixando claro o que viria pela frente: ganchos melódicos mortais, sintetizadores vintage e refrões de estádio.
Uma aula de arranjo com bom humor e hits
Faixas como “Fooling Yourself” e “Something I’ll Regret” mostraram que Millar sabe como ninguém entregar aquela mistura irresistível entre nostalgia e frescor. A vibe é Toto encontra The Darkness, com pitadas generosas de sarcasmo britânico.
O set ainda abriu espaço para pérolas dos primeiros EPs como “Forbidden” e “Eyes”, misturando riffs AOR com solos inspirados e uma pitada de reverência aos heróis do passado — com direito até a sutil homenagem a um certo octogenário lendário das seis cordas.
E quando “Chardonnay” entra no set, a pista se transforma: funk-rock chique, pra dançar com pose e sorriso no rosto. Como diria a letra: “Alguém quer dançar?” — sim, todo mundo queria.
AOR consciente, setlist gigante e público fiel
Em “Showbiz”, Millar mostra que também sabe criticar com elegância. Já em “Déjà Vu” e “Meet Me Halfway”, o clima suaviza com baladas dreamwave que flertam com o pop dos anos 80 sem perder a mão do rock. A cereja do bolo veio com o solo de baixo impecável de Benji em “Strangers”, e o fechamento com a grooveira “Neanderthal Man”, que transformou o Giffard em uma festa de pista lotada.
O resultado? Um show de bem-estar e rock de alto nível, daqueles que fazem você esquecer que segunda-feira existe.
Sam Millar não está apenas em turnê — ele está restaurando nossa fé de que o AOR ainda pode ser suado, cheio de alma e absolutamente contagiante.
Metal Never Dies – Onde o rock de ontem encontra a atitude de hoje.
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