
O décimo álbum do Avatar vem aí — e promete ser o mais ousado, introspectivo e multifacetado da carreira dos suecos. Em entrevista ao portal Vrotherhood, o vocalista Johannes Eckerström mergulhou nos bastidores do novo disco, que tem lançamento previsto para o final de 2025 pelo selo da banda, a Black Waltz Records.
Produzido novamente por Jay Ruston (Anthrax, Steel Panther, Uriah Heep), o sucessor de Dance Devil Dance está praticamente finalizado. Eckerström contou que o processo criativo começou em agosto do ano passado e foi marcado por períodos intensos de composição intercalados com a estrada. “Cada membro escalou sua própria montanha, mas todos chegamos ao mesmo topo”, definiu poeticamente.
Segundo o vocalista, o álbum é mais melódico, mais progressivo e, ao mesmo tempo, mais emocionalmente cru do que tudo o que a banda já fez. “Algumas músicas são como pequenas histórias de fantasmas. Outras são reflexivas e íntimas, com um tipo de romantismo que vai além de canções de amor tradicionais”, disse ele. “É como uma exploração sonhadora e surreal de lugares escuros.”
Eckerström também destacou um avanço em sua performance vocal: “Finalmente sinto que conquistei uma garra real na minha faixa média, como Rob Halford faz em Breaking The Law. Há momentos neste disco em que me aproximei disso e fiquei muito satisfeito.”
🔥 Metal com maturidade e ambição
O vocalista revelou que partes do novo trabalho são as mais melódicas da carreira da banda — especialmente nos vocais — e que há trechos mais progressivos do que nunca. “Não é Close To The Edge, do Yes, mas às vezes você precisa parar, contar compassos, e se perder um pouco naquilo. É isso que fizemos.”
Com mais de 20 anos de estrada e nove álbuns na bagagem, o Avatar se recusa a se repetir. “Se vamos incomodar o mundo com mais música, precisa ser algo novo. Algo que ainda nos emocione. E algo que honre o heavy metal.”
No fim de 2024, o Avatar lançou uma versão reimaginada ao piano da faixa “Tower”, e, em Dance Devil Dance (2023), a banda já mostrava ousadia ao incluir uma colaboração com Lzzy Hale (Halestorm) em “Violence No Matter What”. Agora, tudo indica que o próximo capítulo será o mais desafiador — e recompensador — até aqui.