
Por décadas, Alex Lifeson foi sinônimo de solos arrebatadores e riffs complexos que definiram o som do Rush. Clássicos como “Working Man”, “2112” e “La Villa Strangiato” colocaram sua guitarra como protagonista em uma das bandas mais cultuadas do rock progressivo. Mas em algum momento… ele simplesmente decidiu recuar. E não foi quando os sintetizadores começaram a dominar o som nos anos 80.
Em uma entrevista recente ao programa Q with Tom Power, Lifeson surpreendeu ao revelar que a decisão de deixar os holofotes da guitarra aconteceu muito depois.
“Eu estava relutante mesmo em Rush no final. Não estava tocando quase tantos solos. Sempre havia espaço para um solo – usássemos ou não –, mas nos últimos anos eu só queria me afastar disso. Não queria chamar tanta atenção.”
Essa fase “final” a que Lifeson se refere inclui os álbuns Snakes & Arrows (2007) e Clockwork Angels (2012), os últimos suspiros criativos do Rush antes da aposentadoria definitiva em 2015. A morte do baterista Neil Peart, em janeiro de 2020, selou o destino da banda.
A mesma filosofia discreta foi levada ao seu projeto atual, Envy Of None, cujo segundo álbum, Stygian Waves, foi lançado no final de março. Ao invés de solos técnicos e extravagantes, Lifeson foca em texturas, ambientações e camadas sonoras — um contraste intencional ao “herói da guitarra” que ele costumava ser.
“Com Envy Of None, a música é tão diferente. Eu só queria ficar em segundo plano. Meu trabalho era fazer parte disso. Não ser aquele cara do Rush.”
Se por um lado os fãs sentem falta da pirotecnia guitarrística, por outro, fica claro que Lifeson encontrou uma nova maneira de expressar sua arte – mais sutil, mais contemplativa e, talvez, mais pessoal.
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