Belo Horizonte pode oficializar título de “Berço do Heavy Metal Brasileiro” com novo Projeto de Lei

Belo Horizonte, há muito reverenciada como o epicentro do metal extremo brasileiro, pode em breve ganhar esse reconhecimento de forma oficial. A vereadora Dra. Michelly Siqueira (PRD) apresentou o Projeto de Lei 144/2025, que propõe a criação do “Dia do Heavy Metal” no calendário oficial da capital mineira, a ser celebrado anualmente em 1º de novembro.

O projeto destaca:

“Belo Horizonte é amplamente reconhecida como o berço do heavy metal brasileiro” — e não é exagero. Foi nas garagens, becos e inferninhos da cidade que nasceram bandas que moldariam o som do metal nacional e internacional.

História forjada no underground

Muito antes do reconhecimento institucional, BH já pulsava metal. Na década de 80, nomes como Sepultura, Sarcófago, Overdose, Holocausto, Mutilator, Chakal, Sextrash, Witchhammer, entre tantos outros, começaram a rasgar o silêncio com riffs brutais e postura desafiadora. A cidade virou um celeiro criativo, forjando um som sujo, rápido e agressivo que, ao lado da estética crua e atitude DIY, colocou o Brasil no mapa global do metal extremo.

Especialmente com o lendário disco “I.N.R.I.” (1987), do Sarcófago, e a evolução sonora do Sepultura a partir do “Schizophrenia” (1987), Belo Horizonte consolidou uma linguagem própria dentro do death e do black metal mundial. Era mais que música — era uma cultura, uma resistência.

A proposta

O projeto de lei não apenas busca homenagear músicos e bandas, mas também produtores, casas de show, fãs e todo o ecossistema que mantém o metal vivo na cidade até hoje. A escolha do dia 1º de novembro, embora ainda não tenha uma justificativa oficial clara, já está provocando debate entre fãs e especialistas.

Caso aprovado, o “Dia do Heavy Metal” será não apenas uma celebração, mas um reconhecimento institucional da importância cultural, artística e histórica de BH para o gênero no país.

Polêmica nas redes

Apesar da recepção positiva, muitos fãs apontaram a ausência de bandas fundamentais na justificativa oficial do projeto. Nos comentários de postagens sobre o tema, nomes como Drowned, Pathologic Noise, Sagrado Inferno e muitos outros foram lembrados por sua importância histórica no underground mineiro.

Além disso, usuários também lembraram que o Stress, de Belém do Pará, é considerada a primeira banda de metal do Brasil, com atuação desde os anos 70, o que levanta a discussão sobre o termo “berço” aplicado à capital mineira.

Mas por que Belo Horizonte?

A verdade é que nenhuma outra cidade brasileira produziu tanta música extrema, com tanto impacto internacional e de forma tão orgânica, quanto Belo Horizonte. A explosão criativa da cena nos anos 80 ecoa até hoje, com o surgimento constante de novas bandas, festivais e fãs que mantêm o espírito vivo.

E mais importante: em Belo Horizonte, o metal nunca morreu — apenas se transformou, se adaptou e sobreviveu ao tempo como só o verdadeiro underground sabe fazer.



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🔥 No front do metal nacional, Belo Horizonte não apenas resistiu — ela moldou o caos. Longa vida ao underground!