
Mesmo sem lançar um álbum novo em quase duas décadas, o System of a Down segue como um dos nomes mais influentes e inclassificáveis do metal moderno. Agora, o baterista John Dolmayan revelou como um dos momentos mais marcantes da banda — a batida de bateria de “Toxicity” — surgiu de forma totalmente inesperada… e um tanto irritada.
🎧 “A primeira ideia eu jogo fora”
Em entrevista recente à apresentadora Lilian Tahmasian, Dolmayan detalhou seu processo criativo — e como evitar o óbvio era uma de suas principais regras:
“Quase imediatamente, as primeiras coisas que vêm à mente, eu jogava fora. Porque se é a primeira coisa que vem à minha mente, pode ser a primeira coisa que vem à mente de outra pessoa, e eu não quero que minha bateria soe assim.”
Em outras palavras: se é fácil demais, não serve. A meta era sempre buscar a batida mais inesperada possível — mesmo que isso levasse tempo (e testes frustrantes).
🥁 A batida de “Toxicity” foi… um surto?
O momento de virada veio durante a criação de “Toxicity”, uma das músicas mais conhecidas da banda. Segundo Dolmayan, ele estava quebrando a cabeça para encontrar a batida certa quando o baixista Shavo Odadjian começou a dar palpites demais.
“Eu não conseguia pensar em nada. E então Shavo disse: ‘Bem, por que você não faz isso?’
Eu disse: ‘Shavo, me deixa seguir meu processo aqui.’
Mas ele continuou me irritando. Então eu falei: ‘Ah é? Assim, então!?’ — e essa foi a batida.
Ele disse: ‘Sim, isso mesmo.’ E pronto, ficou.”
Ou seja, a batida mais reconhecível da discografia do SOAD nasceu de uma resposta impaciente. Um simples gesto de frustração — feito só para calar a boca do colega — acabou virando parte da história do metal.
🤯 A mágica no caos
Dolmayan também refletiu sobre como a banda operava em geral: com ideias que levavam meses para amadurecer, mas que só ganhavam forma quando ele, na bateria, encontrava o “encaixe estranho” ideal. Muitas vezes, isso envolvia misturar partes que nem nasceram juntas, como foi o caso de “Toxicity”, originalmente composta a partir de elementos separados por Shavo e Daron Malakian.
“Eles meio que juntaram as partes, e eu sabia que tinha algo ali. Só não sabia o quê. E aí veio aquele momento: bum. Um erro. Uma provocação. E pronto. Aquilo virou a música.”
Moral da história? Às vezes, a genialidade mora naquele gesto impulsivo que você fez só pra calar o amigo chato da banda.
🎶 E no caso de “Toxicity”, foi exatamente isso.