Tony Iommi quase foi do Jethro Tull? Ian Anderson relembra os dias com a lenda do Black Sabbath

A história do rock – e principalmente do metal – poderia ter sido radicalmente diferente se Tony Iommi, o mestre dos riffs do Black Sabbath, tivesse permanecido no Jethro Tull em 1968. Em entrevista à Ultimate Guitar, Ian Anderson, líder do Tull, relembra os breves (e intensos) dois meses em que Tony integrou a banda.

“A forma como Tony tocava me chamou atenção desde o início — muito clara, direta, rítmica e com força. Era música baseada em riffs. Mas as composições que eu estava criando para o segundo disco, Stand Up, eram complexas demais para o estilo dele por conta das limitações físicas nos dedos.”

Iommi sofreu um acidente industrial que o levou a desenvolver seu estilo único — um marco para o metal — e, segundo Anderson, foi justamente essa limitação que o impediu de permanecer no Jethro Tull.

“Se eu reescrevesse tudo para se encaixar no estilo do Tony, teria mudado muito a essência da banda — e não pra melhor, no meu ponto de vista. Mas trabalhar com ele foi ótimo, e somos amigos até hoje.”

🎸 Foi justamente ao voltar do Tull que Tony Iommi estruturou o Sabbath com disciplina, e o resto é história. Enquanto o Jethro Tull seguiu pavimentando o prog folk, foi o Black Sabbath quem moldou o metal como o conhecemos.


📀 Jethro Tull segue ativo e lança o terceiro álbum em três anos: Curious Ruminant 🌿🧠

Simultaneamente ao resgate dessa história, Ian Anderson também celebra o lançamento do novo disco do Tull, Curious Ruminant, o terceiro desde 2022, após The Zealot Gene e RökFlöte.

“É um álbum mais pessoal. Pela primeira vez em muito tempo, deixei minhas visões pessoais saírem nas letras. Tem muitos ‘eus’ e ‘mes’, e fala sobre meu desejo de aprender algo novo todos os dias.”

Sobre o nome, Ian explica:

“‘Curious’ representa a curiosidade de aprender. ‘Ruminant’ é alguém que pensa, que mastiga as ideias com calma. Não é um álbum conceitual, mas o título funciona como um guarda-chuva para todas as faixas.”

🎶 Apesar da alta frequência de lançamentos, Anderson explica que parte das gravações foi feita ainda em 2017, com interrupções devido a turnês e à pandemia. A produção recente foi intensa: escrita, gravação e finalização em poucos meses. O vinil ainda sofre com prazos longos — cerca de 9 meses — o que prolonga o tempo entre a entrega do material e o retorno dos fãs.


🧠 Para quem vive entre o folk, o hard e o progressivo, o Jethro Tull permanece uma entidade viva e pulsante. Já Tony Iommi, ao não se encaixar nesse caminho, definiu o DNA de tudo o que viria a ser chamado de heavy metal.

Metal Nunca Morre.
Na MND, reverenciamos os caminhos que se cruzaram e os que se separaram — porque toda grande história do metal começa com uma decisão que mudou tudo.
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