Geoff Tate confirma: “Operation: Mindcrime III” vem aí – e músicas serão tocadas em turnê ainda este ano

Geoff Tate, ex-vocalista do Queensrÿche, confirmou que a terceira parte da saga “Operation: Mindcrime” será lançada ainda este ano — e que as primeiras músicas do novo álbum já devem aparecer em breve nos palcos.

Durante entrevista com Ethan Dometrius, Tate revelou que a atual turnê Operation: Mindcrime – The Final Chapter, que está passando pelos EUA, será a última vez que ele apresentará o clássico álbum de 1988 na íntegra. O show também incluirá trechos do “Mindcrime II” e, a partir dos próximos meses, canções inéditas da nova fase da história.

“Tenho uma ótima banda, estou cantando bem, e esse é o momento certo. Vamos tocar o ‘Mindcrime I’ inteiro, parte do II, e adicionar faixas novas em breve.”

Lançamento em capítulos e foco narrativo

Ao contrário dos lançamentos tradicionais, Tate planeja lançar o novo álbum em partes:

“Vamos soltar uma música por mês, ou a cada trimestre. Quando todas estiverem disponíveis, faremos uma apresentação especial com o álbum completo.”

Ele destaca que “Mindcrime III” não será uma sequência direta, mas sim uma continuação da história sob novas perspectivas. Segundo ele, o novo material será mais técnico, emocional e politizado, mantendo o espírito dos álbuns anteriores, mas com ainda mais profundidade:

“As novas músicas são super pesadas e técnicas — quase como álgebra! E há muito conteúdo emocional. Veremos mais das motivações dos personagens, especialmente Nikki, Dr. X e Sister Mary.”

Por que parar com “Mindcrime I”?

Questionado sobre aposentar a performance completa do disco original, Tate explicou:

“Já cantei esse álbum centenas de vezes. Os fãs pedem sempre, os promotores pedem sempre. Mas é hora de encerrar esse ciclo e avançar para o novo capítulo.”

Tate, que completou 66 anos, afirma que ainda tem energia para turnês longas — fez mais de 240 datas só em 2024 — e quer continuar levando sua música a cidades menores que geralmente ficam fora do radar de grandes produções.

Batalhas antigas e controle criativo

O cantor evitou cravar datas de lançamento, citando sua aversão à parte promocional:

“Não é minha praia. Eu escrevo, canto e apresento. O resto não é comigo.”

Ele também mencionou com certa ironia os erros do passado — especialmente a forma como Operation: Mindcrime II foi conduzido sem envolvimento criativo do resto da banda na época, o que gerou críticas e um processo judicial sobre os direitos do nome “Queensrÿche”.

Com o acordo firmado em 2014, Tate manteve os direitos de tocar a saga Mindcrime ao vivo. Desde então, ele segue carreira solo e agora se prepara para fechar a trilogia de forma definitiva:

“É o capítulo final. E, pessoalmente, estou muito feliz com tudo até agora. Mal posso esperar para que o mundo ouça.”