KLAUS MEINE, do SCORPIONS, fala sobre a morte de JAMES KOTTAK: ‘É muito triste que o mundo da música o tenha perdido’.

A morte de James Kottak, baterista de longa data do Scorpions, continua a ressoar profundamente entre os membros da banda e a comunidade do rock. Em uma entrevista recente ao programa El Expreso Del Rock, o vocalista Klaus Meine falou com emoção sobre o ex-colega de palco:

“É uma história muito triste. James era um ser humano maravilhoso, um grande artista, um grande baterista por mais de 20 anos conosco… mas também passou por momentos difíceis em sua vida pessoal, e lutou contra esse demônio do álcool por muitos anos. E no final, ele perdeu a luta.”

Kottak faleceu em 9 de janeiro de 2024, aos 61 anos, em Louisville, Kentucky, sua cidade natal. Sua filha, Tobi, confirmou a notícia ao TMZ, embora as circunstâncias exatas da morte não tenham sido divulgadas.


🎵 Mais que um baterista: Um irmão de banda

Rudolf Schenker, guitarrista e membro fundador do Scorpions, descreveu Kottak como “um irmão de outra mãe”. Em entrevista ao Trunk Nation, ele relembrou os altos e baixos do relacionamento com o baterista, especialmente o impacto do alcoolismo na estabilidade da banda:

“Tentamos tudo que podíamos. O mandamos para Antígua, para o centro de reabilitação do Eric Clapton… Mas no momento em que você se virava, ele já tinha ido embora. E aí, estávamos tocando para clicar [com metrônomo], e dissemos: não dá mais.”

Foi então que a banda tomou uma decisão difícil, mas necessária: substituir James por Mikkey Dee, ex-baterista do Motörhead, que assumiu a posição em 2016 e permanece desde então.


⚠️ Luta contra o álcool: Uma guerra pessoal

Ao longo dos anos, Kottak falou abertamente sobre sua batalha com o alcoolismo, destacando os períodos de sobriedade, recaídas e as dificuldades de manter-se limpo em meio à rotina de turnês, festas e acessos ilimitados a bebida. Em suas palavras:

“É progresso, não perfeição. Entrei e saí da sobriedade várias vezes. Gostaria de poder dizer que estou sóbrio há seis anos. Mas a verdade é que tive meus momentos.”

Mesmo assim, o baterista insistia que sua saída da banda não foi exclusivamente por causa do álcool, alegando diferenças administrativas e mudanças no gerenciamento do Scorpions como fatores adicionais.


🎸 Um legado que permanece

Apesar dos desafios, a contribuição de James Kottak para o Scorpions é inegável. Ele participou de álbuns como “Eye II Eye” (1999), “Unbreakable” (2004), “Humanity: Hour I” (2007), “Sting in the Tail” (2010) e “Return to Forever” (2015), além de incontáveis turnês mundo afora.

“Ele era um bom cantor, um excelente baterista, um cara com muito talento. E é uma pena que não tenha conseguido vencer essa batalha. Perdemos um grande amigo,” disse Matthias Jabs, guitarrista da banda.


🕯️ Homenagens e saudade

A comoção com a morte de James Kottak deixou claro o carinho de fãs e colegas de profissão. Ele será lembrado não apenas pelas batidas precisas e cheias de energia, mas também pela sua personalidade vibrante e por sua contribuição ao rock mundial por mais de duas décadas com o Scorpions.

🖤 Descanse em paz, James. Seu som continua ecoando nos corações dos fãs ao redor do mundo.