
Quatro anos após incendiarem o mundo do rock clássico com seu álbum de estreia, Adrian Smith (Iron Maiden) e Richie Kotzen (The Winery Dogs, ex-Poison, Mr. Big) estão de volta com força total. O novo trabalho da dupla, intitulado Black Light/White Noise, será lançado no dia 4 de abril de 2025 pela BMG — e promete consolidar o projeto como uma das colaborações mais orgânicas e eletrizantes do rock contemporâneo.
“Nós temos um som e uma vibração. E eu não acho que muitos artistas fazem o que fazemos.” — Adrian Smith
Uma irmandade de cordas
Longe de ser apenas um projeto paralelo ou um capricho entre turnês, o Smith/Kotzen retorna com energia renovada e mais entrosamento do que nunca. Desde o lançamento de “White Noise” no fim de 2024, ficou claro que essa união criativa tinha planos sérios — e uma mensagem para transmitir.
A faixa de abertura, “Muddy Water”, já entrega o recado: voz, riff e alma em perfeita sintonia. A interação vocal, que no primeiro álbum ainda soava como uma descoberta, aqui flui com naturalidade impressionante.
“Dessa vez, não há período de adaptação. Eles se antecipam mutuamente.” — Brian Boyle, Fistful of Metal
Um álbum de rock — com tudo o que ele deve ter
Apesar da proficiência lendária dos dois nas seis cordas, Black Light/White Noise não é apenas um álbum de guitarristas. É um disco completo, recheado de melodias cuidadosamente lapidadas, letras com alma e um respeito mútuo que transborda a cada faixa.
Canções como “Darkside” (com clima sulista) e “Life Unchained” (rock direto e pesado) mostram Smith explorando nuances vocais e criativas que raramente aparecem em seu trabalho com o Maiden.
Já “Wraith” e “Heavy Weather” mergulham em texturas blues modernas e grooves tribais — provando que este não é um álbum sobre quem brilha mais, mas sim sobre como brilhar juntos.
Destaques e momentos épicos
A balada épica de quase oito minutos, “Beyond The Pale”, é o grand finale do álbum. Adrian Smith canaliza o espírito de Gary Moore e entrega um dos momentos mais emocionantes da sua carreira fora do Iron Maiden.
“É uma pena, mas simplesmente não se ouvem mais baladas dessa qualidade.”
Mesmo faixas com estrutura mais tradicional como “Outlaw”, com sua pegada AOR, não parecem genéricas. Tudo é carregado de sinceridade e autenticidade.
O padrão foi estabelecido
Em um cenário onde colaborações às vezes soam forçadas, Smith/Kotzen se destaca pela fluidez, pela amizade transformada em som — e por estabelecer um padrão de excelência que dificilmente será superado.
“Se alguém quiser tentar algo parecido… que Deus ajude.”
Black Light/White Noise é rock clássico com alma moderna. Um disco maduro, apaixonado e carregado de faísca criativa — o tipo de álbum que aquece a alma de quem vive para ouvir guitarras cantando de verdade.
Prepare suas luvas de forno. Esse disco queima.
Na MND, celebramos quando o rock é feito com alma, suor e respeito. Smith/Kotzen é o som da maturidade incendiando o presente.